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“A Liderança não tem Género, tem Valores”

Assumiu recentemente a função de Diretora Clínica na MYU, naquele que é mais um desafio de uma profissional comprometida e dedicada a dar o seu melhor. Falamos de Inês Pereira Silva, uma líder que acredita na humanização dos processos, na inovação contínua e no poder da colaboração.

No sentido de dar a conhecer ao nosso leitor, quem é Inês Pereira Silva e como é que a mesma tem vindo, ao longo da sua carreira, a ultrapassar os desafios que se colocam e a vencer os mesmos?
Sou uma profissional comprometida com a transformação da forma como encaramos a saúde mental. Acredito que o futuro passa por um modelo mais humanizado, acessível e integrado na vida das pessoas. Sempre desafiei o status quo, enfrentando resistências e quebrando barreiras, porque sei que cada avanço significa um impacto real na vida de quem nos procura. Liderar é um compromisso diário com a mudança, e os desafios que enfrento são a base para construir soluções mais inovadoras e eficazes.

 Muito recentemente assumiu o cargo de Diretora Clínica na MYU. Fale-nos um pouco sobre o que significa este novo desafio e como é que espera responder às exigências do mesmo?
Este novo desafio não é apenas um título, é uma missão. Significa ter a responsabilidade de garantir que cada pessoa que entra na Myu encontra um serviço de excelência, baseado na empatia e na ciência. Queremos redefinir o que significa cuidar da saúde mental, criando um modelo de intervenção que coloca o ser humano no centro de tudo. A exigência é enorme, mas acredito que só desafiando os limites daquilo que é convencionalmente aceite conseguimos criar um impacto duradouro.

Permita-nos uma questão sobre a vertente da saúde mental em Portugal. Que análise perpetua da importância e atenção que se dá a este «ramo» essencial da saúde em Portugal, principalmente numa fase em que assistimos e vivemos uma era com um crescimento evidente de patologias provocadas pela saúde mental?
Ainda vivemos num país onde a saúde mental é tratada como secundária, quando deveria ser uma prioridade absoluta. As doenças mentais afetam milhões de pessoas, impactam a produtividade, as relações humanas e a qualidade de vida. O problema não é apenas a falta de recursos, mas a forma como estruturamos a resposta: fragmentada, burocratizada e pouco humanizada. Precisamos de um novo paradigma, onde a saúde mental seja integrada em todas as dimensões da sociedade e acessível a todos, sem exceção.

Apesar de estarmos no bom caminho nessa perspetiva da igualdade de oportunidades, sente que ainda é necessário fazer mais para que haja neste ponto um maior equilíbrio?
Sem dúvida. Não basta estarmos no bom caminho, é preciso acelerar a mudança. O equilíbrio de oportunidades não se faz apenas com leis ou iniciativas pontuais, mas com uma transformação profunda na forma como as organizações olham para o talento, o mérito e a diversidade. É fundamental quebrar os vieses inconscientes e criar ambientes onde o crescimento e a evolução profissional não sejam determinados pelo género, mas pela competência.

Qual deverá ser o papel da Mulher para que esse equilíbrio seja cada vez mais um dado adquirido?
A mulher tem um papel ativo e essencial, mas a responsabilidade não pode recair apenas sobre ela. O verdadeiro equilíbrio só será atingido quando todos, independentemente do género, reconhecerem que a diversidade gera melhores resultados, melhores equipas e melhores decisões. No entanto, enquanto ainda existem barreiras, as mulheres precisam de continuar a desafiar as estruturas estabelecidas, a ocupar espaços de decisão e a apoiar-se mutuamente. A mudança acontece quando se constrói em conjunto.

Na sua opinião, como é que a diversidade de género pode impactar positivamente a liderança de projetos e empresas, tanto em termos de resultados quanto de cultura organizacional?
A diversidade de género é um dos pilares da inovação. Equipas diversas pensam de forma mais abrangente, tomam decisões mais equilibradas e refletem melhor a sociedade em que vivemos. No contexto empresarial, a diversidade impulsiona não só os resultados financeiros, mas também a cultura organizacional, tornando-a mais inclusiva, colaborativa e sustentável. Empresas que valorizam diferentes perspetivas são mais resilientes e melhor preparadas para enfrentar desafios complexos.

Acredita que existe uma liderança feminina ou masculina, ou a liderança não tem género e aquela que se pode considerar positiva e agregadora de valor passa simplesmente pela capacidade de liderança da própria pessoa, independentemente de ser homem ou mulher?
A liderança não tem género, tem valores. O que distingue um grande líder não é a sua identidade, mas a sua capacidade de inspirar, de criar impacto e de transformar realidades. Ainda assim, é impossível ignorar que a sociedade molda homens e mulheres de formas diferentes, e isso influencia estilos de liderança. O desafio é criar um ecossistema onde todas as formas de liderar sejam valorizadas e onde a competência prevaleça sobre qualquer outro fator.

O que a define enquanto líder? Que características tem e que considera serem fulcrais para se vingar no mundo empresarial?
Sou uma líder que acredita na humanização dos processos, na inovação contínua e no poder da colaboração. Para ter sucesso no mundo empresarial, é essencial ter visão estratégica, mas também saber escutar, adaptar-se e agir com propósito. A resiliência e a autenticidade são características que me definem e que considero fundamentais para quem quer liderar com impacto. Mais do que "vingar" no mundo empresarial, acredito que o verdadeiro objetivo de um líder deve ser transformar positivamente o meio em que atua.

O que podemos esperar da sua parte enquanto líder da marca? Que mensagem deixaria a todas as Mulheres, especialmente aquelas que pretendem enveredar pelo difícil e complexo desafio de liderar?
Podem esperar um compromisso inabalável com a mudança e a excelência. A Myu não é apenas uma clínica, é um movimento para transformar a forma como a saúde mental é vista e vivida. Quero que a marca seja referência não só pela qualidade do serviço, mas pela forma como desafia padrões e humaniza os processos. Podem esperar um compromisso inabalável com a mudança e a excelência. A Myu não é apenas uma clínica, é um movimento para transformar a forma como a saúde mental é vista e vivida. Quero que a marca seja referência não só pela qualidade do serviço, mas pela forma como desafia padrões e humaniza os processos. Às mulheres que aspiram a liderar, diria: preparem-se para desafios, decisões difíceis e, claro, para aquela clássica reunião onde um homem repete exatamente o que disseram... e de repente a ideia torna-se brilhante! Brincadeiras à parte, liderar exige resiliência, confiança e um bom sentido de humor para os dias mais caóticos. Sigam o vosso caminho e "intuição", não peçam licença para ocupar espaço e, acima de tudo, não duvidem do vosso valor e impactam façam crescer outros.

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